Psychotherapy as assisted homeostasis: activation of emotional processing mediated by the anterior cingulate cortex
F.M. Corrigan
Fonte: http://intl.elsevierhealth.com/journals/mehy
Embora a psicoterapia tenha sucesso na alteração do distresse emocional, o mecanismo biológico pelo qual isto é alcançado não é objeto de intensa investigação neurobiológica. O processo de transformação consciente das emoções foi proposto [Mindfulness-Based Cognitive Therapy for Depression, The Guilford Press, New York, 2002] como fator chave para a prevenção da recaída da depressão e aqui essa hipótese é desenvolvida e estendida para outras condições nas quais o processamento das emoções parece estar obstruído ou desregulado. A Terapia Cognitiva, Psicoterapia Interpessoal, Psicoterapia Psicodinâmica, e a terapia comportamental dialética, de diferentes maneiras e ênfases, encorajam a tomada de conciência das emoções e seus fatores cognitivos e biográficos associados, e seu sucesso depdende do grau de ativação de processos internos de cura. No EMDR o alvo selecionado é trabalhado por processos endógenos que são facilitados e acelerados pelos movimentos dos olhos, estimulação auditiva ou tátil bilateral. A capacidade de se manter a atenção centrada no afeto e seus componentes viscerais, cognitivos e biográficos é tida como fator ativador de processos homeostáticos para resolução do distresse, o que é visto mais claramente no tratamento do TEPT com EMDR, na qual essa resolução pode ser intensa e rápida, enquanto a intervenção do psicoterapeuta é não-direcionada, embora de apoio e empatia, mas não de julgamento. Uma vez que o terapeuta tenha ajudado a formular as questões, o cérebro do paciente vai encontrando as resposta que precisa para resolver o distresse e todos os componentes do evento traumático, viscerais, cognitivos, afetivos ou interpessoais. O giro do cingulo anterior, especialmente os componentes dorsal e rostral, parece ser a chave neurobiológica para a eficácia da psicoterapia de alívio do distresse. Resumimos os relevantes estudos de neuroimagem funcional. Uma limitação dos primeiros estudos sobre emoção é que eles tenteram a empregar estímulos suaves para emoções discretas. Uma abordagem alternativa seria usar imagens cerebrais durante o reprocessamento de um evento desagrável que tem afetado profundamente a pessoa de modo a intensidade emocional associada poderia ser claramente nomeada e correlacionada a alterações no funcionamento cerebral.