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Quando estudamos psicologia, sempre participamos da eterna discussão: “nós temos Clientes ou Pacientes?”. A grande crítica ao termo paciente é que a pessoa, para o trabalho da psicologia, não pode ser passivo, pacientemente aguardando a intervenção do profissional*. Ele tem de ser sujeito ativo da sua melhora. Mas também já ouvi que não temos Cliente porque não vendemos um serviço que as pessoas querem, e sim precisa por não estarem bem. Eu particularmente gostaria que as pessoas desejassem os meus serviços.
Desejassem, pois assim temos o objetivo de estarmos melhor, e não apenas nos livrar de um problema. E para que eu deseje alguma coisa, eu tenho quer ser sujeito desse desejo, tenho que buscar os caminhos para alcançá-lo. Mais importante do que definir que termo vamos usar, essa discussão é importante para sabermos que tipo de relação vamos estabelecer.

* Atualmente as ciências da saúde vêm discutindo e adotando esse paradigma.