por Daniel Gabarra | abr 7, 2012 | blog, ética
Rita de Cássia de Araújo Almeida debate essa velha questão em seu texto “A epidemia de doenças mentais”. Será que cerca de 130 anos Machado de Assim estava caricaturando nosso futuro ou talvez nosso presente seja uma leve variação do que ele temia ao escrever “O Alienista”? Como lidar com o aumento dos quadros de desordens psíquicas ou psiquiatras que vem acontecendo nos últimos anos? Como isso impactar na saúde pública e nada de cada um de nós? Essas são algumas das questões que ficam martelando em minha cabeça após repensar no tema aquecido por esse texto.
Rita de Cássia de Araújo Almeida
Psicanalista
A epidemia de doenças mentais
por Daniel Gabarra | dez 20, 2009 | blog, ética, qualidade de vida, relação pais e filhos
Quanto ainda existe de tabu na relação entre separação e criação dos filhos!!!
É claro que não devemos ser radicais de dizer que para uma boa educação dos filhos não é importante um casal afetuoso e estável, que dê segurança e amor aos filhos. Mas infelizmente, ainda hoje vemos casais mantendo relacionamentos com base na distorção desse princípio. Deixe-me explicar o porque da palavra distorção:
Pensando nas palavras “casal afetuoso e estável” não estamos falando de um relacionamento perfeito, afinal de contas, por mais harmoniosa que seja uma relação, ela precisa de discussões e negociações para garantir a individualidade de cada um. Mas estamos falando de um mínimo de afeto e respeito.
Em geral, quando um casal decide se manter junto com essa ‘desculpa’, ele provavelmente não negociou os problemas existentes, apenas os colocou embaixo do tapete. Quando os problemas do casal são colocados dessa forma, em detrimento da ‘criação dos filhos’, é comum que o respeito e o afeto se desgastem. Afinal de contas, aquela sujeira está ‘lá embaixo’ fedendo ou mofando homeopaticamente. Esse tipo de atitude é apenas mais um passo para minar as possibilidade de reconstrução da relação, pois manter a relação com base apenas nos filhos é se esconder um do outro.
Mas afinal de contas, que exemplo você quer deixar para seus filhos? Que você teve um casamento de 50 anos aos trancos e barrancos ou que você é feliz apesar das dificuldades?
Mas entendam que ‘ser feliz apesar das dificuldade’ não significa separar, e sim ter a coragem de aceitar essa possibilidade e encarar o relacionamento de frente.