Outro dia, assistindo a uma reportagem sobre mulheres ex-combatentes de guerra e TEPT* (ou PTSD) fiquei particularmente triste ao ler os comentários sobre o vídeo que, em sua maioria, eram carregados de intolerância e machismo (pelo menos do meu ponto de vista).
Sei que estamos muito longe de ser um Dalai Lama para reagirmos com paz diante dos mais absurdos (e abundantes) abusos de poder que existem no mundo. Mas defender a paz, a meu ver, requer um mínimo de compaixão. Acredito que não adianta buscar esse caminho carregando ódio e rancor, quase “amaldiçoando” os países ou pessoas que não acreditam nisso. Se eu defendo e acredito na paz, devo defendê-la para todos, não apenas para alguns ou para os meus. O sofrimento imposto a uma pessoa que esteve na guerra é imensurável, e ele atinge tanto as mulheres quanto os homens, além de persistirem anos a fio se não forem tratados adequadamente. Entretanto, as pessoas que detêm o “poder” não sentem nem de longe essa dor imposta aos outro e aos seus. Aqui sim mora a verdadeira questão a ser abordada.
* Transtorno de Estresse Pós Traumático