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As psicoterapias têm ganhado cada vez mais espaço nos atendimentos psicológicos pelo mundo inteiro. Seus resultados são rápidos e assertivos, o que proporciona uma ganho muito grande para os clientes nas sessões, além de potencializar a atuação do psicólogo. E, diante deste cenário, uma dessas metodologias usadas vem ganhando destaque, é o EMDR, que você provavelmente já ouviu falar.  

Como surgiu 

Eye Movement Desensitization and Reprocessing, essa é a descrição exata da sigla EMDR que, em português, significa Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares. Foi lá em 1987, no Estados Unidos, que a Dra. Francine Shapiro – então estudante de pós-graduação de Psicologia – percebeu, a partir de suas próprias experiências, que seus olhos se moviam com muita velocidade enquanto ela pensava ou tinha memórias mais perturbadoras.

E, mais do que isso, a doutora observou a diminuição desse pensamento negativo, como se os movimentos oculares conseguissem liberar parte da carga negativo daquilo que estava em seus pensamentos. Foi então que ela decidiu fazer essa experiência com outras pessoas, e depois de 70 experimentos, o resultado: o processo tinha, de fato, proporcionado a dessensibilização do que estava perturbando suas mentes. 

Anos depois, em 1998, começaram turmas esporádicas no Brasil com trainers de fora. E a partir de 2004, passamos a ter formações em português no país. E hoje, mais de uma década e meio depois, o EMDR é consolidado como ferramenta essencial no processo terapêutico e é usado frequentemente no atendimento que realizo, seja presencial ou online. 

Atuação profissional        

Obviamente, depois que chegou ao nosso país, rapidamente essa expertise começou a atrair muitos profissionais da psicologia que buscam a especialização da metodologia teórica, além da atuação na prática.

O primeiro passo para os psicoterapeutas que desejam se profissionalizar no EMDR é a capacitação. Ela acontece por meio de cursos credenciados que mostram os conceitos e fundamentos teóricos, tão importantes como a “mão na massa”.

Depois, o novo habilitado entenderá como identificar os traumas e lembranças negativas dos clientes, a observar os movimentos bilaterais e o resgate das memórias, crenças, sensações e tudo mais que possa ser relacionado à causa do transtorno em questão. 

Assim, auxiliando o paciente nos conflitos que surgem em momentos e circunstâncias adversas durante as sessões de tratamento e, até mesmo, antes e depois.

Resultados comprovados 

Em 1998, Francine fez mais um experimento usando a sua descoberta, o EMDR foi aplicado em sessões a 11 voluntários (em um grupo de 22), entre eles, veteranos de guerra, vítimas de abuso sexual e pessoas sintomáticas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Esses 11 voluntários apresentaram melhoras significativas, enquanto as demais pessoas, sem o EMDR, tiveram uma evolução menor.  

Essa foi umas das milhares de demonstrações práticas que mostram a assertividade desta metodologia que, inclusive, já ganhou até recomendação pela OMS. E evidenciou que ela é uma ferramenta quase indispensável para os nossos atendimentos. Não à toa me tornei habilitado nela e, atualmente, a coloco em prática em diversas situações.