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Saúde mental no esporte: esse é um tema pouco falado, não é mesmo? Até mesmo pelas mídias esportivas.

Afinal, em uma primeira perspectiva, temos a sensação de apenas fama, muito dinheiro e glamour para os atletas. Sobretudo aos com mais destaque midiático.

Então, nem se fala nos jogadores de futebol, esporte muito amado no Brasil, e que transforma muito atletas em super-heróis inabaláveis.

Contudo, essa realidade está longe de ser um fato. A verdade é bem diferente: muitos atletas sofrem bastante para ter boas condições de viver financeiramente apenas de sua atuação. E, claro, para ter saúde física e mental.

Tokyo 2021 e a saúde mental no esporte

Mesmo que você não seja uma pessoa antenada aos Jogos Olímpicos, provavelmente se deparou com a notícia de que a ginasta Simone Biles, uma das principais esportistas do mundo, desistiu de disputar as finais da competição para priorizar a saúde mental.  

A atleta declarou em entrevista que os jogos e suas preparações estavam sendo muito estressantes, o que acabava afetando sua atuação. Por isso, ao invés de disputar o ouro olímpico, a jovem, de 24 anos, preferiu cuidar de si mesma e de seu bem-estar.

Claro, a ação de Simone virou notícia no mundo inteiro, afinal, ela é uma das principais estrelas dos jogos. A atitude causou comoção e muito apoio, mas também críticas, mostrando que, ainda em 2021, diante de todas as circunstâncias vividas nos últimos meses, muita gente ainda não consegue dimensionar a importância do cuidado psicológico.

Para se ter uma dimensão da importância deste assunto, David Grand, o criador do Brainspotting, escreveu um livro a respeito. Trata-se de um tratamento que ele realizou junto a um atleta de alta performance, O Cérebro no Esporte: Superando os Bloqueios e a Ansiedade de Performance. O caso, de suma relevância, também virou documentário na ESPN.    

Realidade brasileira para os atletas olímpicos 

Agora, se a mega Simone Biles, a número 1 da ginástica no mundo e um dos principais nomes do esporte de todos os tempos sofreu com suas feridas internas. Pense nos atletas que abdicam de muita coisa para atuarem como esportistas.

Para fazermos um tira-teima, veja essa análise da realidade dos atletas no Brasil: 

  • 42% dos atletas não possuem nenhum patrocínio.
  • 19% vivem com menos de R$ 2 mil de auxílio.
  • 7% vivem com menos de mil reais de auxílio mensal.
  • 13% fizeram “vaquinha” para conseguir ir aos Jogos Olímpicos.
  • 10% desses não vivem da prática esportiva, ou seja, possuem outro trabalho. 

Deu para ter a dimensão do impacto que o cotidiano dessas pessoas pode ter na saúde mental delas, certo? Diferentemente da impressão dada a elas em relação à força sobrenatural e muito glamour, é fundamental criar – além de apoio básico para suas atividades esportivas enquanto profissão – programas e projetos de cuidado psicológico.

Saúde mental vale medalha de ouro     

Os impactos dessa ação da Simone Biles ainda não podem ser contabilizados, entretanto, já é uma atitude muito louvável e que manda um imenso recado a todos e todas: cuidar-se é essencial. Se sentir bem consigo mesmo vale muito, mais até que uma medalha de ouro olímpica.          
 
Então, fica o exemplo: se até a mega Simone Biles pode, você também poderá e deverá priorizar sua qualidade de vida e bem-estar, inclusive, claro, no aspecto profissional


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