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Separação

Quanto ainda existe de tabu na relação entre separação e criação dos filhos!!!
É claro que não devemos ser radicais de dizer que para uma boa educação dos filhos não é importante um casal afetuoso e estável, que dê segurança e amor aos filhos. Mas infelizmente, ainda hoje vemos casais mantendo relacionamentos com base na distorção desse princípio. Deixe-me explicar o porque da palavra distorção:
Pensando nas palavras “casal afetuoso e estável” não estamos falando de um relacionamento perfeito, afinal de contas, por mais harmoniosa que seja uma relação, ela precisa de discussões e negociações para garantir a individualidade de cada um. Mas estamos falando de um mínimo de afeto e respeito.
Em geral, quando um casal decide se manter junto com essa ‘desculpa’, ele provavelmente não negociou os problemas existentes, apenas os colocou embaixo do tapete. Quando os problemas do casal são colocados dessa forma, em detrimento da ‘criação dos filhos’, é comum que o respeito e o afeto se desgastem. Afinal de contas, aquela sujeira está ‘lá embaixo’ fedendo ou mofando homeopaticamente. Esse tipo de atitude é apenas mais um passo para minar as possibilidade de reconstrução da relação, pois manter a relação com base apenas nos filhos é se esconder um do outro.
Mas afinal de contas, que exemplo você quer deixar para seus filhos? Que você teve um casamento de 50 anos aos trancos e barrancos ou que você é feliz apesar das dificuldades?
Mas entendam que ‘ser feliz apesar das dificuldade’ não significa separar, e sim ter a coragem de aceitar essa possibilidade e encarar o relacionamento de frente.

Terapia e parceria

Ao ler o título acima, vocês podem pensar que vou falar da parceria entre diferentes profissionais para oferecer um serviço de qualidade a seus clientes. Claro que esse tipo de parceria é muito importante e de grande ajuda. Mas, na verdade, quero falar hoje sobre o quanto a terapia em si é, acima de tudo, uma parceria.
A parceria terapêutica existe na relação entre Cliente e Terapeuta, e é fundamental para que existam resultados nesse processo. Será que adiantaria o terapeuta ter um relato completo e detalhado da vida do cliente, fazer um plano de tratamento com todos os passos que devem ser seguidos e, simplesmente, passar semana após semana para que seja executado? Vejamos um exemplo: suponhamos que alguém chega no meu consultório se queixando da esposa e do quanto ela é parecida com sua mãe, principalmente naquilo que o incomoda. Um ótimo caminho seria trabalhar com os sentimentos dessa pessoa em relação a sua mãe. Mas aí eu pergunto, será que a pessoa está afim disso? Ou, na verdade, o objetivo é a esposa? Seria benéfico que eu, enquanto terapeuta, definisse o que é melhor, se esse melhor não faz parte do desejo da pessoa que me procurou?
Entendem assim qual a importância desse aspecto da parceria que estou tentando abordar?

Reportagem sobre EMDR* e PTSD**

Hoje recebi o link dessa reportagem e achei que valia a pena compartilhar com vocês. Para quem tem uma noção de Inglês (está sem legenda), é bem interessante. Aborda um pouco as questões neurológicas do EMDR.

* Eye Movement Desensitization and Reprocessing ou Desensibilização e Reprocessamento por Movimento Oculares
** Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Programa de Ajuda Humanitária EMDR

Cada dia fico mais encantado com o trabalho de Ajuda Humanitária promovido pelo grupo de Psicoterapeutas em EMDR, liderado pela Psicodramamatista e terapeuta em EMDR Ana Maria Zampieri. No início de dezembro, um grupo formado por cerca de 20 terapeutas em EMDR, desenvolverá um trabalho volutário junto às vítimas do tornado que atingiu a cidade de GUARACIABA, no interior de Santa Catariana, em setembro deste ano.
Esse trabalho começou de forma mais intensa depois dos desastres naturais que assolaram Santa Catarina no final do ano passado. Muitas das ações, assim como a que acontecerá agora, contam com apoio de entidades como o Rotary e a Aeronáutica Brasileira.
O principal objetivo do trabalho é proporcionar a dessensibilização e o reprocessamento através do EMDR para o trauma vivido. Se, com esse trabalho, podemos minimizar os impactos psicológicos gerados pela catástrofe, com certeza o ganho dará força para que as pessoas possam reconstruir suas vidas apesar do acontecido.
Os casos relatados nas supervisões são emocionantes. Gostaria muito de poder participar, mas infelizmente ainda não será dessa vez. Porém, assim que tiver a oportunidade, faço questão de colaborar com o trabalho.