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Viver o aqui e agora

Quando li o texto Da obrigatoriedade do sucesso, fiquei muito tocado. Realmente vivemos uma absurda pressão para sermos felizes, perfeitos e bem sucedidos. Toda essa cobrança pode nos fazer perder de vista nossa própria vida. Vivemos com olho em um futuro que devemos conquistar e perdemos a oportunidade de aprender com nossos próprios erros.
Mas o que será que temos em mãos? será que não estamos deixando de aproveitar o que temos hoje ao nos preocupar demais com o que “temos de ter”. Se vivermos o agora, podemos aproveitar nossos tropeços e observar que eles nos mostram a vida a partir de um novo ângulo. Que nós temos e podemos crescer com isso. Na verdade, hoje em dia, ainda aprendemos muito mais com a dor, mas mesmo assim desperdiçamos essas oportunidade ao querer esquecer o erro e olharmos novamente para um ideal.
Com tudo isso perdemos nossa criatividade e espontaneidade, concentrando-nos no que passou e no que dizem que temos que conquistar. Mas será que realmente temos? Temos mesmo é que viver melhor o nosso dia, com o que temos. Sonhando sim, e muito. Mas sonhando um futuro com os pés no presente para podermos construir um caminho real e feliz até lá, aproveitando cada momento desta caminhada. Pois é na caminhada que está a vida.

Parecer do CRP/CFP para EMDR


Como o EMDR* é uma técnica relativamente nova, principalmente no Brasil, ainda não existia nenhum parecer ou posição do Conselho de Psicologia que validasse ou recomendasse o seu uso, apesar do emprego por parte psicoterapeutas de renome em todo o país, bem como em Programas de Ajuda Humanitária como na catástrofe em Florianópolis, no final de 2008. Há poucas semanas foi divulgado o primeiro parecer favorável ao uso do EMDR no Brasil. Temos que entender que este é um cuidado importante do Conselho de Psicologia em verificar a consistência teórica e prática das técnicas antes de validá-las. Lembro que apesar da literatura brasileira ainda ser escassa em relação ao tema, nas consultas de revistas internacionais indexadas, encontramos diversos artigos comprovando a eficácia do EMDR. Está na hora de produzirmos mais com base em trabalhos realizados no Brasil!!!

O parecer pode ser visto na integra aqui

Organização e Urgência


Quantas vezes adiamos coisas que queremos fazer porque surgiu algo pra resolver? Deixamos de estar próximos às pessoas que amamos porque as atividades e demandas do dia a dia nos consomem?
O Livro, “Mais Tempo Mais Dinheiro”, de Gustavo Cerbassi e Christian Barbosa, apresenta uma boa forma de pensarmos a esse respeito com um olhar um pouco diferente, principalmente para quem está acostumado com o olhar da Psicologia e das Ciências Humanas.
É um bom exemplo, aplicado a finanças e organização do tempo, de o quanto não temos claro ou deixamos de lado nossos objetivo e de como agimos por demandas emergenciais, desviando o foco do que realmente queremos em nossas vidas. Vale a pena a reflexão!!!

Papai, eu to com fome!!

Essa até parece uma frase comum, mas se pensarmos na criação de nossos pais (ou avós para os mais jovens), comida, o cuidar da casa e da família, eram responsabilidades exclusivas das mulheres. Pensando nisso, cada dia é mais fácil encontrarmos os homens assumindo as responsabilidades da criação dos filhos e da casa, tanto ou até mais, que as mulheres. Poderíamos dizer que esse é um avanço, uma conquista das mulheres. Será??
Acredito até que seja, mas não apenas das mulheres, mas dos homens também. O prazer e felicidade que um pai pode ter ao lado do seu filho e que até quase o final do século passado lhe era negado pois ele tinha a responsabilidade de ‘colocar dinheiro dentro de casa’ é uma dádiva para homem. Mas apesar da virada do século, muitos homens ainda não se deram conta do que estão perdendo. Acho sempre interessante parar para pensar.
Se você é pai, se sente próximo de seus filhos? Mesmo que sim, será que não poderia aproveitar ainda mais esses momentos?
Mas se você é mãe, acho que vale a pena pensar do mesmo modo, afinal de contas, não deixe que os papéis ditos ‘masculinos’ atrapalhem seu carinho e amor aos filhos.

Adesão ao Tratamento


Muito se fala de resistência e adesão ao tratamento, seja na psicologia ou em outras áreas, como a medicina. No caso de doenças crônicas, em geral, esta é uma questão muito delicada. Mas não pretendo falar dos aspectos da adesão ao tratamento médico.
Pretendo falar do quanto nos apegamos a uma determinada forma de agir ou responder a uma situação. Se, em algum momento, aprendemos a reagir assim, de alguma forma isso nos foi útil. Talvez até tenha sido o que de melhor poderíamos ter feito naquela situação*. O problema não é termos agido dessa ou daquela maneira. O que nos atrapalha é continuar reagindo da mesma forma, sem ao menos conseguirmos ver a situação por outro ângulo. Muitas vezes não percebemos que fazemos isso ou, se percebemos, temos muita dificuldade em mudar. É como se o apego àquela situação ou forma de agir fosse mais forte que nós mesmos, como se ela estivesse entranhada em nosso corpo. A psicoterapia vem nos ajudar a entender e lidar com isso, abrindo a possibilidade de agirmos, ou nos permitir o direito de escolher como agir. Neste aspecto, o EMDR se mostra uma ferramenta fantástica.
Mas o que isso tem haver com adesão ao tratamento?
Quantas vezes temos que abrir mão de alguma coisa para seguirmos em frente? Escolher um caminho não implica em renunciar ao outro?
Então vamos ter coragem, coragem pra enfrentar, coragem para nos permitir escolher qual caminho queremos.

*Quando aplicamos EMDR, em geral isso aparece com muita clareza.