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Programa de Ajuda Humanitária Psicológica em Niterói

Nos dias 1° e 2 de maio, estive em Niterói participando do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica. Já escrevi sobre esse trabalho em outro momento aqui no blog, mas estar lá, conhecendo as metodologias de trabalho em grupo focadas em catástrofes e, principalmente, estar em contato direto com as vítimas foi realmente um oportunidade única. Além das vítimas que perderam suas casas e estão nos abrigos onde realizamos o trabalho, o próprio treinamento foi uma grande intervenção, já que a maioria dos profissionais voluntários eram de Niterói e do Rio. É claro que em menor grau, mas todos sofreram com os acontecimentos e estavam ávidos por ajuda e em ajudar. Muitos deles, inclusive, já estavam atuando e compartilharam o quanto essas novas ferramentas potencializarão e ajudarão a sistematizar o trabalho. Entretanto, o que ficou de mais forte para mim foi a seguinte pergunta: “Estou aqui ajudando em Niterói, mas o que tenho realmente feito sobre esse assunto em minha cidade?” É claro que pretendo voltar a outros lugares que necessitem de apoio. E ainda bem que aqui em Belo Horizonte não tivemos catástrofes daquelas proporções. Mas em vários momentos tivemos problemas que mereciam uma atenção especial. Então, que tal fazer alguma coisa?

Programa de Ajuda Humanitária EMDR

Cada dia fico mais encantado com o trabalho de Ajuda Humanitária promovido pelo grupo de Psicoterapeutas em EMDR, liderado pela Psicodramamatista e terapeuta em EMDR Ana Maria Zampieri. No início de dezembro, um grupo formado por cerca de 20 terapeutas em EMDR, desenvolverá um trabalho volutário junto às vítimas do tornado que atingiu a cidade de GUARACIABA, no interior de Santa Catariana, em setembro deste ano.
Esse trabalho começou de forma mais intensa depois dos desastres naturais que assolaram Santa Catarina no final do ano passado. Muitas das ações, assim como a que acontecerá agora, contam com apoio de entidades como o Rotary e a Aeronáutica Brasileira.
O principal objetivo do trabalho é proporcionar a dessensibilização e o reprocessamento através do EMDR para o trauma vivido. Se, com esse trabalho, podemos minimizar os impactos psicológicos gerados pela catástrofe, com certeza o ganho dará força para que as pessoas possam reconstruir suas vidas apesar do acontecido.
Os casos relatados nas supervisões são emocionantes. Gostaria muito de poder participar, mas infelizmente ainda não será dessa vez. Porém, assim que tiver a oportunidade, faço questão de colaborar com o trabalho.