por Daniel Gabarra | set 23, 2009 | blog, relação terapêutica
Quando estudamos psicologia, sempre participamos da eterna discussão: “nós temos Clientes ou Pacientes?”. A grande crítica ao termo paciente é que a pessoa, para o trabalho da psicologia, não pode ser passivo, pacientemente aguardando a intervenção do profissional*. Ele tem de ser sujeito ativo da sua melhora. Mas também já ouvi que não temos Cliente porque não vendemos um serviço que as pessoas querem, e sim precisa por não estarem bem. Eu particularmente gostaria que as pessoas desejassem os meus serviços.
Desejassem, pois assim temos o objetivo de estarmos melhor, e não apenas nos livrar de um problema. E para que eu deseje alguma coisa, eu tenho quer ser sujeito desse desejo, tenho que buscar os caminhos para alcançá-lo. Mais importante do que definir que termo vamos usar, essa discussão é importante para sabermos que tipo de relação vamos estabelecer.
* Atualmente as ciências da saúde vêm discutindo e adotando esse paradigma.
por Daniel Gabarra | set 13, 2009 | blog, relação terapêutica, resposta terapêutica
Por várias vezes, ao compartilhar sobre determinados casos com outros terapeutas, me peguei falando ou ouvindo: “o ser humano é uma caixinha de surpresas”. E essa surpresa aparece de diferentes maneiras.
Por mais experiência que tenhamos, a relação entre o que ocorreu na vida das pessoas e como elas arrastam isso ao longo dos anos, com frequência, nos surpreende. Mas o que mais assusta (positivamente) é a capacidade de modificação dessas relações. Algumas pessoas respondem às nossas intervenções e vão muito além das expectativas que possamos ter. Quando a pessoa realmente se envolve com o processo terapêutico, acreditando e agindo para sua melhora é que essa boa surpresa nos aparece. Afinal de contas, não existe nada melhor para um psicólogo do que ver seus clientes melhorarem e serem mais felizes.
(Imagem retirada do Blog Diário de um Caranguejo)
por Daniel Gabarra | set 10, 2009 | blog, emdr, relação terapêutica
Uma vez ouvi o seguinte de um cliente meu: “esse tal de EMDR é como se fosse um patins”. Na hora eu não entendi e tive que perguntar o que ele estava querendo dizer com aquilo.
É lógico que não podemos andar de patins o tempo todo, em todos os lugares, mas, quando podemos, conseguimos percorrer determinada distância muito mais rápido do que caminhando. E era exatamente isso que ele queria dizer, dar alguns saltos no caminho com os patins e, depois, caminhando com calma, pensar em toda a paisagem pela qual se passou e, assim que possível, colocar novamente os patins para um novo percurso acelerado.