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CREPOP: Psicólogos nos Serviços Hospitalares do SUS

Notícias do Conselho Federal de Psicologia:

Psicólogos, o seu fazer nos interessa!

Nova pesquisa do Crepop aborda atuação
em serviços hospitalares do SUS

O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas – CREPOP deu início ao processo de referenciação Atuação Profissional de Psicólogos(as) nos Serviços Hospitalares do SUS. Este é mais um passo no sentido de construir coletivamente as referências técnicas para uma competente atuação profissional nas políticas públicas brasileiras.
CREPOP

Se você atua nesses serviços do SUS, então está convidado a responder a pesquisa via formulário on-line e participar das reuniões específicas convocadas pelos CRPs.

Esta é a primeira pesquisa do ano do CREPOP. Ao longo de 2010, será ainda abordada a participação dos psicólogos nas áreas do CRAS, políticas públicas de diversidade sexual e políticas públicas de esporte. Mais informações no site crepop.pol.org.br.

Os 10 mandamentos do bom relacionamento

Uma vez, em um trabalho em grupo, construimos os 10 mandamentos do bom relacionamento. Não é nenhum tratado de psicologia de casal, mesmo porque não foi escrito por psicólogos e nem com esse fim. Mas acredito que traga algumas reflexões bem interessantes.

Os 10 Mandamentos do Bom Relacionamento

1. Respeitar a individualidade do parceiro
2. Construir a relação diariamente, pois nenhuma união é indissolúvel
3. Amar o outro como a si mesmo, nunca mais do que a si mesmo
4. Zelar continuamente pela confiança entre o casal
5. Não cobrar a perfeição nem de si e nem do companheiro, pois somos todos aprendizes da vida
6. Buscar o equilíbrio entre razão e emoção sem se esquecer da importância do diálogo
7. Fundamentar a relação no amor e na construção da felicidade
8. Ser fiel aos seus sentimentos e aos sentimentos do outro
9. Buscar o conhecimento e crescimento mútuos, através da amizade, do companheirismo e da cumplicidade
10. Zelar pelo prazer e cumplicidade do casal nas questões sexuais, sem remorso ou culpa

Psicoterapia Breve ou Focal

Hoje quero aproveitar para falar o quanto a psicoterapia, em especial o EMDR (mas não apenas), pode trazer bons e rápidos resultados quando temos um problema pontual e um trabalho direcionado. É claro que não quero falar com isso que com duas sessões você terá seu problema resolvido. Mas pra falar a verdade, teve um professor com dificuldade em falar em público, que fizemos o trabalho com EMDR em 3hs. Lógico que isso não é a regra, mas é sim uma possibilidade dependendo da situação. Um pessoa que nunca teve dificuldades para dirigir, mas depois de sofrer um acidente não conseguiu mais, tem uma grande possibilidade de resolver esse temor em poucos encontros. Entretanto, alguém que sempre se sentiu inseguro, em que o dirigir é mais uma das situações nas quais a pessoa se sente assim, dificilmente conseguirá superar o medo de dirigir sem cuidar dos seus outros medos e inseguranças. Mas falando um pouco mais das possibilidades de bons e rápidos resultados, em relação ao Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT) por exemplo, existem vários estudos que apresentam o controle dos sintomas (além do efeito de medicações) em 8 a 12 sessões. O medo de dirigir e a dificuldade em falar em público são outras 2 situações nas quais, em geral, o resultado é rápido. Mas o que determina ou não essa possibilidade é o histórico de cada um, o que deve ser cuidadosamente levantado nas primeiras sessões.

O Mundo em Catástrofes


Terremotos, enchentes, tsunamis, desabamentos, tornados… Haiti, Ilha Grande, São Paulo, ABC Paulista, Machu Picchu, Cuzco, Barueri, Angra, São Luis do Paraitinga, Guaraciaba, Santa Catarina…
Tudo bem, sei que catástrofes e pessoas traumatizadas vão garantir meu trabalho!!! Mas pera aí!!! Isso já não está ficando exagerado???
O ‘papo dos ecologistas’ sempre me chamou atenção, mesmo parecendo uma coisa distante, racionalmente era claro que o problema existia, e continua existindo. Mas como sempre o ser humano sempre acha que ‘isso não vai acontecer comigo’. Mas na verdade acontece, como sempre aconteceu!!! Desde criança, ouço notícias de desabamento em construções irregulares nas encostas dos morros, mas as favelas continuam crescendo e o pouco que se faz não conseguiu efetivamente mudar esse quadro. BH mesmo tem investido muito nisso nos últimos anos. Mas eu ainda fico me perguntando: ‘será que de fato isso terá um impacto?’, e olha que eu ainda acredito no ser humano!!!
Mas, voltando às grandes tragédias, acredito que desde a tsunami na Ásia, ficou claro para o mundo que o ‘papo dos ecologistas’ é serio e que as consequências estão chegando mais rápido do que imaginávamos. Mas Copenhague ainda parece ser o grande exemplo de que ainda queremos acreditar que ‘isso não vai acontecer comigo’.
E eu fico aqui no meu consultório, no intervalo entre uma sessão ou outra, escrevendo e pensando o que posso fazer com meu sentimento de impotência com relação a isso!!! Será que posso fazer alguma coisa? Será que escrever algumas linhas para 15 ou talvez 20 pessoas lerem é fazer alguma coisa?

EMDR, Respeito e postura profissional

Gostaria novamente de compartilhar com vocês as palavras de uma colega de profissão que muito me toca pela forma (quase poética) de falar da relação terapêutica.

“Sabe, Daniel…
Desde o início, nos meus primeiros contatos com o EMDR, pude sentir que ali havia algo especial. A princípio, eu não podia precisar, exatamente, por quais princípios ele funcionava. Se era um instrumento curador ou, simplesmente, um instrumento que ajudava a ‘encobrir’ sintomas. Fui caminhando às apalpadelas, desvendando fatos, com o passar do tempo.
O que sinto hoje, e o que penso sobre o EMDR, é que, uma vez nas mãos de um bom profissional frente a um paciente, (seja que paciente for), torna-se um fabuloso instrumento facilitador da integração de sentimentos, crenças e sensações que, circunstancialmente, podem estar desencontradas, aparentemente incoerentes e, portanto, disfuncionais, causando assim, dentro do paciente, algum tipo de sofrimento.
O que quero dizer com ‘um bom profissional’, é: o profissional que tem o máximo respeito e uma profunda crença na força de seu paciente, tanto quanto em sua própria força, sabendo que aquele (o paciente) sabe, profundamente, o caminho a seguir, se lhes dispomos um mínimo de informações importantes (aspecto ‘educativo’), acolhimento, confiança e incentivo.
Nem sempre o que funcionou com um paciente meu, funcionará com o seu, e é preciso que saibamos disso. Teorias são importantes. Mas elas assumem “tonalidades” diferentes, se aplicadas em contextos que combinam aspectos diferentes, com pessoas diferentes. Então, são muito mais as pessoas que nos procuram, cada uma delas, que nos dirão, no fundo no fundo, por onde caminhar. É preciso saber ouvi-las.”

Quando perguntei o que ela gostaria de colocar para identificá-la no blog, olha só o que ela me respondeu:

“O que você poderia colocar lá sobre mim??? Que sou uma psicóloga clínica absolutamente comum, que estou em Brasília, que tenho um profundo desejo de que possamos todos nós, psicólogos e pacientes, em cada encontro terapêutico, descobrir que podemos, porque estamos juntos, ser pessoas melhores em muitos aspectos, no nosso dia a dia.”

O nome dela é: Silvana Studart

A [suposta] facilidade de uma pílula

Um dia desses, vi a seguinte mensagem no Twitter de um colega: “@danilocollado: RT @mbelico: concordo com a carol: deviam colocar fluoxetina na água, igual tem flúor.”
Fiquei pensando muito a respeito e tentando entender que tipo de idéia ou mensagem é passada com esse tipo de fala. Na verdade lembrei da necessidade de respostas rápidas e sem esforço que a maioria de nós busca a cada dia como forma de resolver magicamente os problemas. Isso me faz lembrar de uma fala, antagonista a essa idéia, do Eugênio Vilaça: “Problemas Complexos exigem soluções complexas”.
Se os problemas ou dores que nos afligem são difíceis, por que alimentamos a ilusão de que uma simples pílula vai ser a tábua de salvação?
Não quero dizer com isso que a medicação não é importante, muito pelo contrário. Existem casos em que a medicação é fundamental e outros nos quais ela é um ótimo adjuvante. O problema é quando encaramos o remédio como único e milagroso meio de melhorarmos.
Não deposite sua felicidade em um remédio, tome-as pelas mãos e a construa com o apoio da medicação ou de qualquer outro recurso terapêutico.