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Como o trauma pode interferir em nossas vidas?  

Como o trauma pode interferir em nossas vidas?  

Você já parou para refletir sobre como o trauma pode interferir em nossas vidas? Independentemente do estágio ou da força dele em nosso dia a dia, ele pode nos impedir de criar, executar ou até mesmo pensar em diversas ações. 

Basicamente, os traumas podem nos tirar a liberdade de escolha sobre as coisas que nos envolvem. E, dessa forma, nos impedir de realizar diversas ações, desde as mais básicas até as mais complexas da nossa rotina. 

Saúde mental é liberdade de escolha

Quando se fala em saúde mental, estamos falando, também, em bem-estar e qualidade de vida. Afinal, é por meio da conexão saudável entre corpo e mente que ficamos mais aptos para fazer tudo, inclusive as melhores escolhas.  

É por isso que podemos assimilar, traçar uma união, entre ter mais saúde mental e ter mais liberdade em suas decisões. Além de ter mais autonomia e autoconhecimento para entender e decidir o que você realmente quer, precisa ou deseja.  

Em outras palavras, é como se você ficasse mais seletivo(a), entendendo melhor o que se passa em sua própria mente e, consequentemente, tendo sua liberdade para realmente escolher o que você quer e o que vai te fazer melhor.  

Quando o trauma atrapalha esse processo

Quando um trauma se faz fortemente presente em nossas vidas, ele nos tira justamente esse direito de escolha. Ou seja, passamos a basear nossas ações com base nesse trauma, no medo causado por ele.

Por exemplo, se uma pessoa passou por grandes dificuldades em um relacionamento amoroso e, por consequência disso, acabou desenvolvendo um trauma, ela provavelmente se sentirá “travada” na hora de se aproximar ou desenvolver sentimentos por outro ser. 

O trauma, neste caso, funciona como mecanismo de defesa para impedir o novo sofrimento por uma situação similar. Então, mesmo que haja o desejo, essa pessoa “escolhe” ou deixa de escolher seguir rumo à nova relação. 

Por que isso acontece?

Como foi dito, isso se dá quase que por uma ferramenta de defesa criada pela nossa mente para nos proteger dos “perigos” causados por esses traumas.

Entretanto, em muitos casos, é bem possível que essa “ferramenta” não seja mais necessária em nossa vida e esteja apenas atuando como trava para realização do que desejamos de fato. 

Por isso, é essencial estar em sintonia com você mesmo(a), entendendo quais são seus desejos, suas escolhas e pensamentos reais, diferenciado tudo isso do que é irreal e desnecessário em seus dias. 

Levando saúde mental para sua vida

E a pergunta mais valiosa em meio a tudo isso é: como ter esse equilíbrio entre a ferramenta de defesa que nossa mente possui que realmente nos faz bem e a que apenas existem como “trava”?

Com mais saúde mental, claro! É potencializando esse aspecto na sua vida que tudo isso ganha novos significados e você passa ter a real liberdade de escolha citada no início deste conteúdo.

Cuidando do seu bem-estar psicológico de perto, com profissionais adequados, as respostas de muitos questionamentos, até dos que ainda nem sabemos ter, passam a surgir com mais clareza, precisão e de forma espontânea. 

Isso é você se conhecendo de verdade e lidando com as mais variadas situações da sua vida! Esse não é um sonho distante, você já pode ter tudo isso, e o primeiro passo é começar a se cuidar por inteiro(a).       

Que tal ver um pouco mais sobre isso? O episódio 88 do 2aÀS11, fala sobre como o trauma atua em nossas vidas. Vale a pena conferir, basta clicar aqui para ter acesso ao conteúdo disponível no meu canal do Youtube.

E claro, para saber como se cuidar mais, basta clicar aqui. 

Setembro amarelo e a saúde mental no trabalho

Setembro amarelo e a saúde mental no trabalho

Com a chegada do mês de setembro, surge com mais ênfase o debate acerca do bem-estar mental e da qualidade de vida das pessoas, inclusive quando se fala em saúde mental no trabalho.  

Essa é uma questão importante e que, nos últimos anos, começou a vir acompanhada da saúde psicológica na vida profissional. Afinal, a cada dia é mais perceptível que para produzir bem e ter mais saúde é necessário não apenas trabalhar. 

Alerta para a Síndrome do Burnout

Um grande sinal dessa questão está associado ao aumento significativo de casos da Síndrome do Burnout que, basicamente, se dá a partir do esgotamento físico e mental ligado ao excesso ou condições ruins de trabalho. 

Esse é um distúrbio caracterizado pelo estado de tensão emocional, estresse e exaustão mútua física e psicológica da pessoa, o que tem sido cada vez mais frequente nos ambientes corporativos de grande pressão, competitividade, responsabilidade, demanda e entrega.

Essas são algumas características que podem anunciar o diagnóstico da Síndrome Burnout, que possui diversos sintomas, como os listados abaixo e que, quando surgem, devem ser acompanhados por profissionais da saúde, sobretudo da psicologia

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Pressão alta;
  • Problemas gastrointestinais.

Atenção ao trabalho 

Ainda sobre isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta bem significativo: de acordo com pesquisas, os transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de faltas ao trabalho no mundo, precisamente em terceiro lugar.

Ou seja, essa é uma questão que tem impactado muito na vida pessoal e profissional das pessoas, nos mais variados setores e profissões.

Por isso, mais do que trabalhadores e trabalhadoras, é necessário ligar o sinal de alerta para as empresas. Elas têm papel fundamental no bem-estar de suas equipes o que, consequentemente, está ligado também à boa produtividade.

Então, se você tem uma empresa, busque promover ações reais e assertivas que visam a potencialização desses aspectos entre os funcionários. E o mesmo vale para gestores, gerentes e, claro, colaboradores. A saúde mental no trabalho é essencial pra tudo!  

Ações positivas do dia a dia 

Além das ações de promoção da saúde promovidas pelas empresas, existem algumas práticas que todos nós podemos aplicar em nosso dia a dia de trabalho. Com elas, a rotina pode ficar mais leve e a nossa saúde só tem a ganhar:

Invista também em lazer 

Nossas semanas não podem ser apenas de compromissos e trabalho. Precisamos incluir ações que nos dão prazer e descanso. Não importa que seja segunda-feira, ou qualquer outro dia, tire um período do dia para fazer o que você gosta! Isso ajudará muito a evitar o esgotamento físico e mental

Organização é tudo

Ter uma agenda organizada também é fundamental para manter a rotina no controle e não o contrário. Saber como será o seu dia e se organizar para que tudo caminhe de forma mais tranquila é a chave para se ter mais calma mesmo quando tudo parece muito corrido! 

Pedir ajuda também faz bem

Diferentemente do que muitos dizem e pensam, pedir ajuda em algumas tarefas que podem ser executadas de forma compartilhada não é sinal de fraqueza, mas sim de sabedoria. Não ser centralizador(a) pode ajudar demais a tirar o peso de tarefas complexas e longas, além de potencializar as chances de melhores resultados!   

Autoconhecimento

Se conhecer para saber realmente o que te faz bem ou não é um ponto de partida crucial para viver a vida, inclusive profissional, com bem-estar e plenitude. Passe a identificar o que tira a sua paz em casa ou no trabalho e busque ações que visam minimizá-las e até evitá-las.   

Cuidar da saúde mental 

Cuidar de si, em todos os aspectos, é indispensável! Por isso, realizar o acompanhamento da saúde psicológica só tem a agregar à vida de qualquer pessoa. É assim que podemos nos conhecer melhor, entendendo nossos limites e diminuindo as possibilidade de esgotamento de nossos relacionamentos interpessoais e pessoais. 

Curtiu esse conteúdo? Então que tal enviar o link para seus/suas colegas de trabalho e para as pessoas especiais da sua vida? Afinal, cuidar-se, inclusive com mais saúde mental no trabalho, é um dos atos mais bonitos que podemos praticar para a gente e com o próximo!

Você é protagonista na sua própria vida?

Você é protagonista na sua própria vida?

Já parou para refletir se a sua própria vida ganha os caminhos que você realmente quer? Será que você é protagonista na sua própria vida, nas suas escolhas, desejos e pensamentos? 

Essa prática não tem nada a ver com arrogância, mas sim com amor-próprio e autocuidado! Afinal, quando decidimos nos colocar à frente de nossas próprias escolhas, tudo pode ganhar um novo significado. 

Porque devemos nos priorizar? 

Quando nos cuidamos e nos priorizamos, a nossa confiança aumenta, assim como a autoestima. Dessa forma, passamos a nos conhecer melhor, temos mais convicção com as nossas decisões e, claro, tudo isso também chega às pessoas ao nosso redor. 

Nos colocar em primeiro plano nas nossas vidas não é se sentir superior aos outros, mas sim entender que cada um tem a sua própria caminhada e a melhor pessoa para tomar a frente dessa caminhada é o próprio caminhante.

Afinal, para fazermos bem ao outro, primeiro precisamos fazer bem a nós mesmos(as). Não adianta querermos colocar as demais pessoas à frente, como primeira prioridade, se não estivermos de bem com quem somos.  

Claro, sempre queremos o melhor de quem gostamos. Mas para oferecermos o nosso melhor, primeiro devemos de fato sermos os melhores para nós mesmos.

Construindo o amor-próprio 

Com um nome autodidata, o amor-próprio é a ação de amar-se a si mesmo, respeitando seus limites, qualidades, defeitos e tudo mais que rege seu pensamento e comportamento.

Esse sentimento está associado à autoestima, e pode até refletir na sua beleza exterior, vestimentas e etc., mas vai muito além.

O amor-próprio é adquirido independentemente de aparência, status sociais ou poder aquisitivo e financeiro.

Ele tem muito mais a ver com o modo como nos sentimos internamente em relação a nós mesmos e com a maneira como vemos e nos posicionamos perante às outras pessoas e circunstâncias.

E para alcançá-lo em sua plenitude, é fundamental nos priorizarmos em nossa vida. Colocar nossos desejos, resoluções de conflitos, vida social, amorosa, familiar, etc. em primeiro lugar.

O poder da autoestima 

Uma forma de explicar a autoestima é pensar ela com a opinião, positiva ou negativa, que cada um tem e faz de si mesmo.

Mas, apesar de ser algo de nós sobre nós, ela muitas vezes é construída a partir das experiências pessoais, das emoções, crenças, comportamentos, autoimagem e da imagem que os outros têm sobre a gente.

Claro, quando estamos de bem com ela, temos mais confiança e tranquilidade para lidar com as mais diversas situações da vida. 

Dessa forma, os dias passam a ganhar novos significados, ficando mais prazerosos, e até as dificuldades começam a ganhar soluções mais simples. 

Assim, com a autoestima, passamos a tomar o controle de nossas vidas, deixando de ser mero personagem na história das outras pessoas. 

Seja protagonista da sua própria história! 

Então, depois de ver aqui o quanto é positivo se priorizar, que tal passar a ser o protagonista da sua história e não o coadjuvante de outras vidas? 

Pegue agora mesmo o seu roteiro e o escreva como quiser! Não busque ser coadjuvante na vida de outras pessoas. Seja você a peça principal da sua história. 

Que tal conhecer mais sobre saúde e bem-estar psicológico? Então clique aqui agora mesmo, saiba mais sobre tudo isso e fique mais perto de alcançar o autocuidado, confiança e amor-próprio que você busca. Você pode ser o protagonista da sua própria vida!

5 ações para deixar sua semana mais agradável

5 ações para deixar sua semana mais agradável

 
Confira algumas dicas básicas que podem ajudar e muito para que seus dias sejam mais leves, produtivos e agradáveis! 

#1 Se organize 

Ter dias organizados não tem a ver com se prender a horários ou se tornar refém da rotina.

Isso está mais ligado à produtividade e planejamento, inclusive para ter mais tempo de descanso e lazer. 

Então, encontre formas de fazer o seu planejamento para conciliar dias mais produtivos e prazerosos. Seja com uma agenda ou com aplicativos para smartphone que fornecem ferramentas de organização de tarefas. 

Dessa forma, além de conseguir cumprir com suas obrigações de forma mais precisa, você poderá desfrutar do que é mais importante e o que te faz realmente bem!

#2 Alimentação equilibrada 

Ter uma dieta balanceada é importante pra tudo, inclusive para se ter uma semana melhor! Comer bem e direito aumenta nossa disposição, satisfação, potencializa o nosso bem-estar e equilibra o corpo para viver os dias com mais leveza e tranquilidade. 

Crie novos hábitos alimentares, substitua os alimentos processados, industrializados e muito gordurosos por coisas mais leves e naturais. Você vai notar a diferença positiva que isso vai causar em tudo para sua qualidade de vida.

#3 Faça atividades físicas

Essa ação você já deve ter ouvido falar o quanto é poderosa para nossa vida! Mesmo que seja só um pouco, praticar regularmente atividades físicas melhora muito o nosso condicionamento físico e mental

Além disso, com essa prática você se conecta mais com si mesmo(a), elevando a autoestima, autoconhecimento e muito mais. 

E claro, quando se encontra o esporte/exercício certo, que mais combina com você, a sua rotina ganha mais um ato de prazer! Não espere para investir nessa ação, vai valer a pena.  

Pense fora da caixinha, qualquer atividade que te faça suar e seja prazerosa pode ser a melhor opção para introduzir no dia a dia.

#4 Dê uma pausa

Você sabe a hora de parar? Sair da correria da rotina e respirar fundo é importante, prazeroso e revigorante! Dê uma pausa de alguns minutos com intervalos de 1 hora durante o dia e sinta a conexão entre o seu próprio corpo e mente

Dessa forma, você terá sempre aquele período de prazer, de onde estiver, recarregando as energias para as tarefas do dia a dia. Não se esqueça: a conexão com o próprio “eu” é fundamental para tudo, busque sempre potencializá-la.

A meditação pode ser um caminho, mas não é o único. O que te ajuda a parar para estar consigo mesmo?

#5 Cuide do seu sono 

A qualidade do nosso sono é fundamental para a qualidade de vida. É dormindo que o corpo se recupera e nosso cérebro e mente organizam os pensamentos, sentimentos e emoções do dia a dia.

Se prepare para dormir. Quando você vai fazer uma viagem de 8h de carro, você se prepara para ela. Com o sono não é diferente. Se você está agitado ou vendo um filme de ação, por exemplo, seu corpo precisa desacelerar para poder dormir. 

Uma boa higiene do sono começa com alimentos cozidos e de fácil digestão, redução dos estímulos como telas, especialmente luz branca.

Leia um livro, faça uma meditação, deite no colo de uma pessoa querida e receba um cafuné. Essas são coisas simples que vão melhorar sua qualidade de sono.

E caso você já tenha dificuldades para dormir, o auxílio de um bom profissional pode ser bastante importante para ampliar e personalizar essas orientações.

#6 Faça terapia (Extra)

Cuidar da mente é a cereja do bolo para uma semana leve, produtiva e muito agradável. Afinal, sem saúde mental fica mais difícil colocar tudo isso em prática. 

Estar em dia com o bem-estar psicológico vai elevar todos os aspectos positivos da sua vida, transformando sua mente em sua grande aliada para vencer desafios e celebrar as vitórias.

Que tal conhecer mais sobre tudo isso e saber como potencializar sua vida, inclusive com acompanhamento psicológico? Clique aqui agora mesmo e passe a ter os dias da forma que sempre desejou. 

Com essas 6 ações para deixar sua semana mais agradável, tudo pode ficar ainda melhor.

E, claro, não se esqueça: você pode e merece tudo isso.

MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NO USO DO BRAINSPOTTING EM ATENDIMENTO CLÍNICO PSICOLÓGICO

Agostinho Cavalieri (CRP 04/13700)
(Psicólogo Clínico e Esportivo. Clínica há quase 30 anos em Belo Horizonte/MG)

Este texto foi escrito entre o final de novembro e meados de dezembro de 2021, logo após o curso de Fase 1 da formação em Brainspotting ministrada por Daniel Gabarra.

O artigo apresentado tem como objetivo relatar uma experiência de atendimento psicológico usando Brainspotting, no programa voluntário “Mães Solteiras em Situação de Vulnerabilidade Psicológica e Social”.

O atendimento relatado foi realizado à distância, por uma plataforma de videochamadas.

A paciente, que será chamada de Alice, é uma mulher jovem que teve uma gravidez inesperada. Tanto o contexto familiar, como o pessoal podem ser compreendidos como confusos, adoentados e organizados por um sistema de relações limitantes e abusivas.

Primeira Sessão

Alice tinha 25 anos quando me procurou para fazer psicoterapia. Era solteira, cursava Engenharia Ambiental em uma faculdade pública, morava em Contagem/MG e não trabalhava. Procurou o atendimento por indicação de uma colega. Na época, eu estava migrando do atendimento presencial para o online.

A cliente chegou com uma demanda de descontrole emocional, episódios de reações de raiva sem uma causa específica, relatos de abusos na infância e adolescência, crises de ansiedade, insônia, sintomas de pânico, traços de desregulação emocional, atenção deseducada, sintomas de fobia social e uma completa insegurança e desestabilização por conta de uma gravidez inesperada por meio de uma “ficada” ocasional.

Anteriormente, ao longo da sua vida, ela nunca tinha procurado atendimento psicológico nem psiquiátrico, porque seus familiares não acreditavam em todas as queixas e comportamentos atípicos dela. Quando criança e adolescente, poderiam ser consequências de problemas emocionais, mas julgavam como insuficientes para buscar acompanhamento psiquiátrico ou psicológico. Era como se fossem “coisa dela”, “frescura”.

A cliente apresentou perfil de vulnerabilidade socioeconômica, e só continuava seu curso porque era oferecido um programa de apoio social que contemplava transporte e alimentação para alunos carentes. Ao tomar conhecimento disso, eu decidi atendê-la voluntariamente. Perguntei se ela gostaria de ser atendida por um período limitado, porém sem custos. Ela aceitou prontamente.

Meus atendimentos voluntários para “mães solteiras” têm um número limitado de sessões, sendo uma sessão por quinzena, chegando a um total de seis sessões.

O contexto apresentado pela cliente, acrescido da necessidade de acolhimento urgente e da falta dos recursos para pagar um tratamento particular levaram-me a integrá-la. Também seria uma ótima oportunidade para eu utilizar os conhecimentos teóricos e práticos aprendidos no curso de formação em Brainspotting, Fase 1.

A minha percepção e os meus sentimentos sobre esse primeiro encontro foram de felicidade por ter a oportunidade de ajudar essa jovem que vinha em busca de socorro.

Ao entrar em contato, nesse primeiro momento, com a história de vida da cliente, senti uma breve apreensão sobre o que eu encontraria pela frente, porque tive um caso similar em que a cliente abandonou o processo sem muitas justificativas.

Eu me perguntei até quando passaremos por esse desinteresse e descrença das famílias em relação aos problemas emocionais dos filhos. [não achei um jeito bom de dizer]

Segunda Sessão

No início da sessão, a cliente estava bastante agitada e ansiosa. Com o olhar para baixo, iniciava seus primeiros contatos comigo. Não olhava para a tela do aparelho. Procurei conduzir com uma fala mais pausada, um tom de voz ameno, demonstrando tranquilidade e satisfação em recebê-la. Procurei criar uma atmosfera mais tranquila. Perguntei se ela havia conectado à internet com facilidade e se estava confortável. Perguntei se ela estava com sede. Ela logo respondeu que sim e que conectou bem à internet. Falei para ela pegar um pouco de água e assim ela fez.

Daí por diante, ela foi se soltando um pouco mais na poltrona que estava assentada na casa dela e foi se acalmando. Perguntei se ela já tinha feito terapia online anteriormente. Ela disse que não, que era tudo pela primeira vez, e que também nunca ninguém havia falado para ela que seria bom ela fazer terapia, e que sempre os familiares diziam que “ela não tinha nada” e que os “problemas eram invenção dela”.

Contou na sequência que uma amiga tinha compartilhado com ela que estava em terapia e se sentindo bem melhor que antes. Assim, ela tomou coragem para procurar este apoio e ver como era. Procurei verificar se ela estava com privacidade em casa. Ela disse que sim.

Então tomei um tempo para fazer psicoeducação, explicando o que é uma terapia, como funcionavam as sessões (tempo, metodologia, sigilo, dias certos das sessões etc.) e que poderiam ser usadas técnicas corporais para o desenvolvimento dos trabalhos com bom funcionamento à distância. A seguir, iniciamos a anamnese.

Durante a anamnese, a cliente apresentava-se muito apreensiva, com fala rápida e um tanto desorganizada. Os pensamentos estavam evidentemente acelerados. Naquele momento, entendi ser necessário trazê-la para um estado de calma para que ela pudesse ter um mínimo de regulação emocional para continuarmos a anamnese. Expliquei calmamente os benefícios da respiração e seu efeito calmante e a convidei para fazer os exercícios respiratórios, pois seria algo bom para ela naquele momento, e ela assentiu em fazê-los. Entrei com exercícios respiratórios básicos e aterramento simples (associação com o aqui e o agora), para ela sentir uma desaceleração física e mental. E assim foi feito, com imediato resultado positivo, com a cliente expressando: “puxa… nunca senti que podia me acalmar, pelo menos por um minuto… só respirando e colocando os pés no chão!”

Assim, dei continuidade a esta entrevista inicial. Pedi que me falasse um pouco sobre sua família e como foi sua trajetória para buscar sua formação superior. A cliente relatou que morava com a mãe (professora da rede pública) e o padrasto (aposentado e violento). Tem dois irmãos mais velhos e casados. O pai biológico é vivo, morou com ela até os 2 anos de idade e atualmente era separado da mãe, além de ter um péssimo relacionamento com a cliente e com a mãe dela. Ela relatou que o pai é doente mental diagnosticado (esquizofrenia) e que bebia muito, mesmo sem poder beber por conta de remédios, e que, quando não medicado, naquela época, batia nela e na mãe.

Então, a mãe se separou do pai biológico e algum tempo depois, ela se casou com uma outra pessoa também problemática e agressiva. Mas o padrasto tinha uma melhor relação com a cliente, apesar de tudo. Ela começou a ficar mais próxima do padrasto do que da mãe.

A cliente fez a observação sobre o comportamento diário da sua mãe. Professora de escola pública, todos os dias vinha com queixas sobre o trabalho, e era fria e agressiva. Alice comentou que, paradoxalmente, a mãe não cuidava dela e nem a incentivava nos estudos.

Perguntei se ela tinha irmãos. Ela disse que sim e começou a falar um pouco deles. A relação com os irmãos era sem muitas aproximações e às vezes com muitas discussões. E redirecionou a fala para a mãe. A cliente repetiu o relato que a relação com a mãe também não era das melhores, com episódios de abandonos físico e emocional, até porque a mãe trabalhava muito como professora e aparentemente descontava nela e nos irmãos suas frustrações do trabalho público.

A cliente citou que a mãe parecia guardar um rancor de crianças e as tinha como ‘inimigas”. Contou que achava que devia ser por causa dos alunos dela e por ter crescido em um lar abusivo e desestruturado. Relatou que sofreu ao longo da vida violência física, violência verbal (pelos pais), além de tentativas de estupro, abuso sexual (por pessoas de fora), mas pouco falava sobre isso com seus pais.

Relatou rapidamente sobre uma tentativa de abuso sexual, aos 9 anos, por parte de um amigo da irmã (um rapaz de 30 anos) e antes, aos 8 anos, por um professor em aulas de natação na escola, entre outros episódios na escola com colegas de sala. Não quis entrar em detalhes naquele momento. Eu percebia sinais e sintomas claros de Estresse Pós Traumático. Seguindo a sessão, eu apenas a deixava falar de acordo com sua vontade, e estava fluindo bem.

Daí perguntei sobre relacionamentos afetivos (namoros). Citou não ter tido relacionamentos de namoro sério por não confiar em homem nenhum, mas não sabe o porquê dessa desconfiança. Suspeitava que era por causa da relação com o pai, professores, com o padrasto e das brigas com o irmão. Questionada como se sentia em estar ali com um terapeuta do gênero masculino, ela sorriu e disse que “estava ali também para lidar com suas dificuldades” e que, por ser online, facilitava. Nunca foi de ter muitos amigos, saía pouco porque preferia ficar em casa, e se sentia ansiosa demais perto de muita gente. Sempre que namorava era por pouco tempo e já terminava.

A cliente, então mais calma, começou a organizar sua narrativa. Falava sobre si de forma depreciativa e se culpando pela vida que levava. Revelou sentir-se só, que era muito insegura e começou a ficar mais em silêncio daí para frente, durante a sessão da anamnese. Resolvi encerrar esta sessão. Antes, sondei como ela estava se sentindo e se estava mais calma e tranquila. Ela disse que sim e que gostou de ter tido a sessão.

Terceira Sessão

Na terceira sessão, a cliente chegou pontualmente, com um semblante mais calmo, parecendo que já não era mais tão assustador estar em terapia. Eu a recebi com um largo sorriso, que foi timidamente correspondido e perguntei se ela estava bem acomodada. Estava curioso para saber de algum impacto positivo das reflexões provocadas, mínimas que fossem.

Perguntei como tinham sido os dias anteriores, ela deu uma pausa e começou a chorar. Permiti que ela soltasse sua emoção e logo que ela deu uma brecha, perguntei o que a fez chorar. Ela, novamente dando pausas longas, começou a dizer que não sabia porque tinha essas vontades de chorar repentinamente. Disse que se sentia boba e insegura com essas “vontades vindas do nada”.

Procurei explicar que, quando temos algumas situações não compreendidas ou não resolvidas dentro de nós, poderíamos ter essas vontades do nada. Ela compreendeu e disse que sim, que poderia ser isso e que ela sentia isso muitas vezes, mas que não tinha forças para falar sobre isso. Sinalizei positivamente, manifestando meu entendimento e aceitação do que ela compartilhava comigo e normalizei a situação, dizendo que tudo ali seria no tempo dela e da forma que se sentisse melhor.

Decidi, então, explicar a ela sobre traumas emocionais. Ela ouvia atentamente, com uma expressão de interesse.

Continuamos a sessão e, em um primeiro momento, eu não quis explorar nenhum ponto que ela trouxera na anamnese, apesar de haver vários assuntos relevantes para um início de terapia. Deixei a cliente à vontade para falarmos da semana e da sessão anterior. Ela se manteve mais calada. Falou um pouco dos seus anseios para o ano e de seus desejos que sua vida mudasse. Apontou que não entendia porque tinha rompantes de raiva. Ela demonstrava que não queria prosseguir falando de si e dos problemas.

Nesse momento, eu a fiz lembrar que eu havia explicado na primeira sessão que poderíamos usar alguns procedimentos e atividades nos quais usaríamos o corpo de forma tranquila e serena, através do movimento dos olhos e das sensações no corpo. Eu então perguntei o que ela estava sentindo naquele momento e ela respondeu que se sentia oprimida e angustiada.

Eu a levei à curiosidade de voltar a sua atenção para si e para seu corpo, procurando sentir onde no seu corpo estavam localizados esse aperto e essa angústia. Ela logo apontou para o peito. Eu expliquei que nosso corpo guarda as sensações sobre o que sentimos na vida. Ela ficou curiosa e aderiu àquele caminho. Comecei então a falar do Brainspotting.

Expliquei, então, como o criador do Brainspotting ajudou uma atleta em um dos atendimentos dele e como ela melhorou das dificuldades, e que isso aconteceu quando a atleta “achou” um ponto que ela estava fixando o olhar sem perceber, enquanto lembrava de algumas situações do passado dela. Assim, a atleta “ajudou” o próprio cérebro a cuidar dos seus traumas, sem se esforçar e sem sofrer novamente por causa daquelas lembranças, que poderiam causar dor.

Ela gostou daquilo e resolveu cooperar mais ainda. Expliquei o que era o Brainspotting e como faríamos aquela atividade, explicando o que era o SUDS (Escala de Unidade Subjetiva de Perturbação), como ela identificaria sua ativação ou mobilização de 0 a 10 e como usaríamos o SUDS para nos orientar na evolução daquela intervenção. À medida que ela ia compreendendo a metodologia, ia cooperando e então perguntava se, assim, não precisaria ser inquirida do passado e nem precisaria explicar os porquês e o como das coisas. Eu disse que sim, que não precisaria relatar se não desejasse. Já estávamos terminando a sessão, então preferi encerrar.

Durante essa sessão, eu estava mais confiante no processo que se seguiria nas próximas.

Quarta Sessão

Recebi Alice com um largo sorriso e ela prontamente retribuiu, depois se acomodou e iniciamos. Perguntei sobre a semana e ela disse que os dias eram iguais “dentro e fora dela”.

Então ela começou a, espontaneamente, trazer um assunto sobre os estudos e como conseguiu, com seu esforço e sem a ajuda da mãe, passar de ano na escola, ano após ano, até chegar ao ensino superior, sem apoio e só recebendo continuamente as cobranças da mãe, com frases depreciativas.

A mãe e o pai biológico não incentivavam e nem cuidavam do acompanhamento escolar. O padrasto era um pouco mais interessado. Ela não entendia o descaso da mãe, já que era professora. Quando a mãe tocava no assunto “estudo” era para depreciar, cobrar notas e nada mais. Perguntei como ela se sentia falando deste assunto e respondeu que seria a mesma angústia e opressão “no peito” do primeiro dia de conversa. Perguntei a intensidade de 0 a 10 do incômodo para saber o quanto esse tema a mobilizava, e ela respondeu 10. Voltei a falar do Brainspotting, e a orientei como se daria essa aplicação. Ela entendeu todo o processo e o tema escolhido foi o da sessão anterior: angústia e opressão por causa das dores da vida, da raiva, da insegurança e do desalento com tudo.

Optei naquela circunstância pela Janela Interna, na qual a cliente sinalizava que a queixa e intensificação da sensação aumentariam ou diminuiriam em determinado ponto nos eixos X e Y do campo visual, ao buscar o ponto da ativação (posição ocular onde ela se sentia em maior contato com a ativação provocada pelo tema).

Expliquei tudo a ela, como seria o atendimento, e comecei o rastreamento no eixo X, usando a Janela Interna. Ela entendeu e respondeu bem ao escaneamento. Fizemos todo o eixo X, com o incômodo aumentando no olhar pelo lado esquerdo. Fizemos então o escaneamento do eixo Y e o incômodo não aumentou, permanecendo na linha horizontal, quando ela fixou o olhar para a extrema esquerda. Pude detectar também que do lado direito ela tinha um ponto de recurso que diminuía a intensidade do incômodo. Daí, ao acharmos o ponto do Brainspotting, pedi a ela que fixasse o olhar naquela direção e naquele ponto na parede, e deixássemos o cérebro trazer o que tinha para trazer e apenas observaríamos o que viria. Poderiam demorar um pouco ou virem logo  as sensações, os sentimentos e os pensamentos, e que assim sendo, ela só observasse e, se quisesse, poderia relatar. Não foi difícil achar o ponto que ela começaria o processamento, porque ela entendeu bem as instruções e procurava cooperar com a percepção da sensação, que aumentava ou diminuía no escaneamento dos eixos X e Y.

Reforcei que não se preocupasse e, apenas se desejasse, poderia compartilhar comigo o que vinha em seu campo de consciência.  Assim, ela entrou em processamento e eu apenas acompanhava a “cauda do cometa”, expressão usada por David Grand para se referir à postura fenomenológica do terapeuta durante o processamento.

Alice fixou o olhar e, por um tempo de cerca de 8 minutos, ficou em silêncio. De repente, começou a se emocionar e chorar. Eu disse a ela que se permitisse chorar o quanto sentisse ser necessário e acolhesse o que seu cérebro estava trazendo… Assim foi, até que ela parou de chorar e começou a trazer algumas falas sobre ser culpada das coisas que acontecem com ela e sempre estar sendo alvo de alguém que quer tirar algo dela.

Então continuou o processamento, voltando a silenciar-se. Ficou mais um tempo calada com o olhar fixo no ponto que a mobilizava. Bocejou algumas vezes. De um momento para o outro, começou a dizer que a mãe dela não precisava ser assim com ela, e que ela sentia que não tinha culpa da forma que a mãe a tratava e que, se pudesse, teria reagido às muitas injustiças que a mãe cometeu, mas não conseguia. Falou isso com uma maior serenidade na voz.

Eu reforçava, apenas dizendo para ela permitir que seu cérebro continuasse trazendo o que teria que trazer, e que ficasse com isso.

Então, pedi a ela que percebesse em seu peito aquela angústia e opressão citadas no começo e se ainda estavam em 10. Ela, já surpresa, disse que estava bem mais leve e que estava em 3. Conduzi para o final da sessão, dizendo que retomaríamos na próxima sessão e que ela prestasse atenção em seus sonhos, porque o processamento continuaria acontecendo, e que os anotasse, se desejasse. Ela foi embora, desconectando da plataforma, bem equilibrada, após uma sessão de bons processamentos.

No final da sessão, pude perceber o quanto o Brainspotting pode fazer uma diferença positiva no desenvolvimento do processo terapêutico.

Quinta Sessão

Nesse atendimento, ela trouxe um fato sério, que me surpreendeu.

Já de início, ela trouxe a novidade da gravidez inesperada. Começou a relatar como ficou grávida e seu atordoamento e sua insegurança sobre o futuro como mãe solteira sem condições financeiras, além de como contaria para a família e o que faria com seus estudos.

Abalada naquele instante, Alice começou a contar como aconteceu a gravidez. Relatou que foi à uma festinha de uma colega, coisa rara segundo a cliente. Lá ela se empolgou, bebeu um pouco a mais, não estando acostumada, e “ficou” com um rapaz que foi bem sedutor, com uma conversa alegre e que fez a cliente sentir-se a pessoa mais bonita do mundo. Ela começou a ceder e a bebida fez com que ela ficasse mais à vontade. Ela relatou que não se lembra bem do que acontecera naquele dia. Só lembrava que foi para um quarto da casa e, dali por diante, lembrou que tinha transado com o rapaz muito rapidamente e que depois ele a deixou sozinha e ela não o viu mais.

Um mês depois, a menstruação dela atrasou e ela começou a sentir muita preocupação. Procurou a amiga e contou o que houve naquele dia e que a menstruação estava atrasada. A amiga então deu o número do rapaz e a cliente guardou, caso precisasse.

Naquele momento, a paciente queixou-se da angústia e, novamente, da opressão no peito.

Essa foi minha deixa para entrarmos em processamento no Brainspotting e começarmos. Ela pediu para olhar para aquele ponto anterior e eu concordei. Ela começou a olhar já dizendo: “Está 10 e parece que quero sumir…”. Eu já comecei a dizer para ela simplesmente deixar seu cérebro ajudá-la. Ela começou a chorar muito, perguntando a si mesma “o que faria com tudo que está acontecendo” e relatando que a mãe e o padrasto iriam brigar com ela quando soubessem.

Ao mesmo tempo que ia se culpando, começou a dizer que tinha forças e que iria enfrentar. Eu reforcei, dizendo que ela já tinha vencido tanta coisa na vida. Enfatizei que ela deixasse seu cérebro trazer os pensamentos e sentimentos. Ela balançou a cabeça concordando. Ficou novamente em um silêncio profundo por alguns minutos. Eu acompanhei pacientemente até ela voltar dizendo que não tinha culpa de ser sozinha e de ter raiva de tudo. Mais um tempo em silêncio. Eu repeti que ela não tinha culpa e que era muito forte. Ela ouvia, fixada no ponto. Dizia que iria ter o filho, que ele teria tudo que ela não teve e que ela venceria. Eu reforcei dizendo: “fica com isso.”

Alice ia mudando o semblante à medida que a sessão ia caminhando para o final. Perguntei sobre o SUDS e ela disse que não entendia o porquê, mas a angústia tinha acabado e a opressão também. Sorria timidamente, espantada. Então, finalizei a sessão, dizendo a ela que finalizaríamos nossos atendimentos na próxima sessão e que combinaríamos o futuro.

Sexta Sessão

Ela estava bem arrumada e com um semblante sereno. Contou que estava dormindo melhor e com mais calma, não tinha mais rompantes de raiva, sabia mudar os conteúdos das conversas em família, caso não fossem convenientes e que estava conseguindo planejar sua gravidez e seu futuro. Também relatou que não abandonaria a faculdade.

O pai da criança foi avisado e não trouxe problemas, dando total apoio, para a surpresa dela, pois acreditava que ele não a ajudaria em nada.

Com relação aos homens, ela continua com um “pé atrás”, mas sentindo-se mais segura, no que dependesse dela. Citou que não entendia bem o porquê de estar melhor e em tão pouco tempo. Eu expliquei como o Brainspotting pode ter ajudado.

Combinamos então um encontro virtual por mês, para dar uma manutenção até ela poder aderir a um acompanhamento particular comigo ou com outro profissional.

Eu estava com uma sensação boa de ter ajudado um ser humano que necessitava desse acolhimento, e, ao mesmo tempo, revigorado com a integração da minha prática terapêutica ao Brainspotting.

Observação final sobre a minha experiência:

O uso do Brainspotting foi surpreendente, pois eu sempre fui um terapeuta da fala, e essa experiência terapêutica me levou a um outro nível. O Brainspotting me fez dar novos significados à minha práxis, com resultados mais rápidos e satisfatórios. Com essa aquisição do conhecimento e habilidade no uso clinico do Brainspotting, aumenta, assim, minha competência e autoconfiança. Iniciou-se um processo interno de revisão dos meus olhares clínicos. Sem dúvida, de agora em diante, o leque de intervenção e adequação às demandas e diferenças individuais no ato clinico, que se apresentam no meu dia a dia profissional, podem ser encarados com uma maior sensação de segurança.